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"Seja parte da mudança que deseja ver no mundo" (Mahatma Gandhi).

domingo, 19 de abril de 2009

Crise econômica mundial: da onipotência Americana ao opressor efeito colateral do capital.

A respeito dos nossos “parceiros” continentais, a saber, Os Estados Unidos da América, já é de nosso conhecimento, em detrimento da representação social que nos discursa, a dimensão do “orgulho” norte-americano. Orgulho que muitas vezes é refletido em sua política externa e autoriza, mesmo que de forma implícita, toda a opressão onipotente desta recorrente posição que configuram as jaezes das intervenções exteriores americanas. Podendo ser essas passíveis de serem conferidas por aqueles capazes de debruçarem-se em profunda análise acerca das políticas internacionais feitas pelos Ianques – tomem a Guerra do Iraque e a redenção de Saddam Russein como exemplo. Outrora, a retomarmos o cenário econômico ainda não eclodido antes do ano de 2008, o que pudera vislumbrar tal orgulho americano em sua política econômica civil? Ironicamente, o ex-país considerado, por muitos, inabalável em sua economia credora, gastou todos seus créditos ensimesmado em sua ambição, sendo esta dissipada pelo discurso insaciável do sistema capitalista de consumo, a transpassar a postura dos “planejamentos” financeiros dos americanos. O “American way of life” sempre ostentou, como, por exemplo, nas pomposas produções de seu cinema, luxuosas residências nas quais muitos dos americanos dispensaram todo seu investimento capital, viabilizado por uma abertura dos créditos providos por seus bancos. Bancos que, não diminuídos pela incansável ganância do Tio Sam, esperavam uma inadimplência suplantada pelos altos lucros providos de exorbitantes índices de ganho capital, “astutamente” revertidos nos juros daqueles que continuariam a pagar.
Entretanto, vamos pensar juntos: se você é um americano, derivado das camadas mais baixas - medidas pelo PIB nacional e reacionário a escalar uma possível recessão- encontra possibilidades pouco burocráticas de sair do aluguel e financiar seu próprio imóvel em prestações a perder de vista, acolhido por um “sorriso aberto” dos gerentes dos bancos, o que você faria? Bem, você pagaria as prestações feliz da vida não é mesmo? Afinal de contas, estaria tendo sua tão sonhada sofisticada “casinha branca de cercas baixas” e este sonho estaria assegurado pelos empréstimos de capital vindo de todo o mundo às poderosas empresas de capital aberto resguardadas pelo governo, como as Fannie Mae e da Freddie Mac, responsáveis por repassar o crédito as mais “bombantes” empresas do setor imobiliário americano.
Outrora, vamos pensar juntos, raciocinem comigo, como um dinheiro pode se tornar virtual e ilusório? Se você facilita as compras por meio de um crédito de “pernas abertas” o que acontece? Óbvio, a demanda de compra cresce e com essa os valores do produto também não é mesmo? Ora, mas o que o inteligente sistema bancário americano fez para lucrar com todo esse “boom” econômico? “Assegurou” os valores, mesmo sabendo que muitas das "pobrérrimas" famílias americanas não tinham condição de pagar nem a parcela da prestação, e começou a vender internacionalmente as ações imobiliárias por preços absurdos e hipotéticos, para não dizer, patéticos, provocando então uma movimentação virtual de toda economia. Outrora, a inadimplência começou a crescer como uma bola de neve e os créditos começaram a ser restringidos, logo, a demanda diminuiu, e em detrimento disso os preços dos imóveis também. Agora pensem: você continuaria pagando uma casa por prestações equivalentes a outro imóvel dez vezes mais caro que o seu atual imóvel super-desvalorizado? Parece ironia, mas os subprimes são definidos como créditos bancários de alto risco, pois seus credores são considerados instáveis e pré-dispostos a inadimplir, embora tal estatuto dos subprimes fosse legitimado e conhecido, foram esses os fornecedores de crédito e articuladores da baderna econômica que eclodiu em múltiplos endividamentos inflacionários da economia dos supremos cidadãos americanos. Ora, mas que desgraça não é mesmo? E não pára por ai, pois a perda ocasionada pelo sistema hipotecário americano acarretou um déficit aproximado de 1,4 trilhões de dólares, correspondente a cerca de 90% do PIB estadunidense.
Muito dinheiro não é mesmo? Pois é, e foram também muitas famílias que não se importavam em perder suas casinhas e reforçar o enfraquecimento da economia americana.
Neste sentido, embora a farsa da força credora dos EUA começa a decair, o mundo todo se mobilizou, de uma maneira nunca vista antes, até mesmo para com a miséria africana, na intenção de injetar dinheiro para salvar a agora vulnerável, debilitada e vergonhosa economia americana, a fim de evitar um efeito dominó. Não demorou muito e o G-20 logo tratou de injetar seu 1 trilhãozinho de dólares também com o intuito de minimizar o colapso econômico mundial. Amada Neo-Babilônia! O ódio do mundo se curvaria então ao terror causado pela eminência de morte da tão temida tirania econômica dos Estates. Aiaiai, será que Fidel ficou feliz?
Penso que morar dignamente em uma favela brasileira sem “fuder” – desculpem a expressão chulérrima- o mundo todo parece mais razoável.
Finalizo apenas perguntando: até quando a ganâcia discursiva, a vaidade, comumente dissipada pelas produções hollywoodianas, vai nos fazer pagar por uma negligência de trabalho e humildade, já prevista pela lógica da “mais valia” de Marx, para que os considerados países desenvolvidos desfrutem de seu caviar podre e inconsequente?
Vamos todos pagar nossos impostos direitinho e tentar salvar nossos amigos americanos, que agora colocaram um anjo negro no poder para salvar a terra branca cheia de plantações de abacaxis espinhosos e vingativos. Bem feito? Bem feito não! Pois eu sou um honesto e desvalorizado estudante esforçado demais para sofrer as consequências dos obesos e porcamente educados comedores de x burguer! Allan G., Psicólogo Psicanalista, ignorante em economia.

9 comentários:

  1. neste momento estou sentando, pensando... Puta que pariu, eu realmente pago impostos para salvar um povo mal-educado... Creio realmente que Fidel esteja rindo, ver os Estados Unidos da América estender a mão, deve ser tão vergonhosa para seus idealizadores e consevadores que talvez somente um anjo NEGRO para conseguir usar tal carapuça, pois a famosa cara pálida, já não agrada mais 5/6 do mundo.

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  2. hahahah verdade! Queria que o Bush tivesse morto!

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  3. Caro amigo,
    interessante postar um assunto que vem tomando conta das manchetes de jornais e revistas, mas, que por mais grave que seja, muitos de nós ainda se mantém alienados a respeito.
    Acho que conseguiu englobar os pontos básicos deixando claro os motivos reais da crise.
    Abraço.

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  4. Sim, realmente assim ele tem sido visto como Anjo negro ...
    Ao meu ver Obama não é bem isso tudo , Seu plano de governo não representa nenhuma mudança tão significativa e efetiva,Ele não vai conter a crise mais do que Bush o fez. Não vai abrir a porta dos EUA para imigrantes.
    talvez seja diferente mas continuará se (sentindo)rsrs presidente dos EUA.
    Roberta Marques.

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  5. Allan, como sempre escrevendo com brilhantismo! Mas será que o USA seria o único polo do capitalismo se ele não tivesse sido aderido com tanta paixão por paises como o nosso???Na verdade vejo uma necessidade de nossa "elite" economica, sonho de muitos da classe pequena burguesa, se adaptar e se igualar aos americanos! Somos americanizados, ou seja, nessa crise não nos inocentamos e muito menos somos vitimas dos "malvados" americanos!
    Polos ou fãs do sistema, muitas vezes sonhos de reconhecimento social estão relacionados de forma direta com os simbolos do capitalismo!

    Onde nos localizamos nessa crise ou negaremos a nossa participação em tal?

    Daniela Resende

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  6. A culpa é do discurso e se todos somos falados por este a responsabilidade é de todos! Obrigado Danny!

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  7. no final das contas é tudo sobre poder e dinheiro.e quem não quer?

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  8. É preciso saber dar os passos do tamanho das pernas para não prejudicar o mundo todo. Comentário ingênuo.

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