Toda reza deve valer a dor da empreitada
Nosso sangue deve tecer a trilha inebriada
E o ar nos leva a vencer a alma entalada
Empresta o teu corpo pra quê? Se a terra é morada
Não, a cor do teu pó é azul?
E vais duvidar do sol...
Arrasta sua marcha sem ser o dono da passada
Vomita o alimento pra quê? Ôh guerra imaculada
E vendem os meus livros por quê? Se a capa é usada
Pedaços já estão na TV, carnes fagocitadas
E mentem sobre a origem do sul
E queimam tuas costas com rum
Só pra te ouvirem gritar...
Teu respirar sem ânimo me faz lembrar as moscas
Vá festejar mesmo sem ter o preço do hábito
A dor que me leva a temer
A dor que me leva a tremer não tem mais hálito...