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"Seja parte da mudança que deseja ver no mundo" (Mahatma Gandhi).

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Lixo reciclado à venda:

Não sabemos ao certo a medida da verdade.
Mas sabemos muito bem a dimensão da falta do que não tem volta.
Dor...
Torna-se uma verdade incontestável, por quê?

Textos deprimentes são apenas uma forma de fixação.
Tente elevar-se, sentir seu corpo em movimento, escapar do pensamento.
Não há saídas quando a morte se instaura.
Será?

Ouça boa música, veja vídeos que lhe façam rir, não telefone para se queixar.
Esses conselhos também, melhor se você os achar irrelevantes.
Sinta o vento, bem rápido, e o frio da manhã, se puder.
Tenha um cão.

Pergunte-se por que, caso não encontre a resposta, tome um chá.
Não perca tempo com a TV, até mesmo as notícias podem ser vistas na internet.
Tenha amigos, e perdoe os que te fazem pequenas traições.
Desista de entender certas coisas.

Não abuse do tabaco, ele é muito perigoso.
Deixe as drogas para pessoas que não se importam.
Não pense em álcool, apenas beba aos finais de semana, com amigos.
Mexa-se, a paralisia é um alimento para o medo e para o caos interior.

Água quente ajuda a relaxar e um bom sexo também.
Tenha alguém de confiança para vivenciar seu corpo.
Mude de lugar quando estiver com muita preguiça, faça força para sair.
Viaje para espairecer, mesmo que, sem dinheiro ou a algum lugar próximo.

Não fique muito tempo sem ver o mar, nem mesmo sem subir alguma montanha.
Não maltrate os gatos, mesmo que os odeie.
Não discuta com pessoas pessimistas e mal-humoradas, apenas ouça-as, se puder.
Não dê tanta importância a algumas coisas lidas na internet.

Cuidado com os conselhos, ele impedem que você encontre suas próprias saídas.
Relativize algumas regras, mas não as que todo mundo precisa.
Goste de dinheiro, mas menos que das pessoas ou da vida.
Dance ou veja alguém dançar.

Aceite o insuportável, mas não faça metáforas grandiosas demais.
Não menospreze a cultura e tenha um hobby.
Duvide das pessoas vaidosas demais, mas cuidado com quem vai perceber.
Encontre algum modo de manifestar sua raiva, ela pode virar câncer.

Vá ao médico, mas lembre-se que eles não são Deuses.
Os psicólogos também têm seu momento e devem ser procurados.
Respeite as pessoas mais simples, elas podem ser maiores que você.
Não prenda pássaros em gaiolas, os que voam também cantam para você pela manhã.

sábado, 17 de abril de 2010

Type O Pain - Dead again Peter?

Ei Petrus, aonde você vai neste caixão?

Preferia os tempos do machado nãos mãos...

Deveriam te queimar? Não, pois você não iria querer ser queimado sozinho.

A sua voz, oh, a sua voz...


Verde? Não, ela não tinha só uma cor.

Escrevi para meu pai, e agora tenho que escrever para você, por quê?

Você tem razão, o mundo está mesmo indo abaixo.

Eu vou mesmo sentir falta do seu vozeirão, clamando, retorcendo almas.


A voz da alma tem a mesma força da sua, sorte de quem tem alma.

Sim, tudo morre, pára, como seu coração cansado da escravidão branca.

Eu queria fazer uma canção, cantar como você, pedir para você ficar.

Continuo procurando por algo que não posso encontrar, mas queria ouvir seus gritos.


Vamos Peter, grite comigo, onde quer que você esteja.

Dê-nos um último adeus com uma melodia triste e profunda.

Faça-nos sentir que você está indo, pois isso é lamentável demais.

Ninguém soube dizer tanto o quanto dói de um modo tão bonito.


Ei Petrus, diga que é só mais um alarme falso, uma das suas brincadeiras sem graça.

Petrus você é grande demais, diga-me que não está indo.

Ei Pete, piano fúnebre, nota que crava a dor, bela dor.

Não, eu não quero mais ver, nem mesmo o verde, só quero ouvir a sua voz...




quarta-feira, 17 de março de 2010

Gênero Dissonante

Há momentos em que passamos da conta.
Passamos sim, mesmo não tendo culpa.
O insuportável vem, o indizível...
Sim, estou falando dela, da morte.

Morte que também nos ensina sobre a vida, nos faz querer também descansar.
A morte pode até matar quem amamos.
Mas não pode matar o desejo de quem continua vivo.
Nem a esperança de que essa vontade de nada, de nada mesmo, vá passar.

Sorte de quem deu um último abraço, último adeus.
Disse: eu te amo, várias vezes, inúmeras...
Sorte de quem esqueceu o gênero, dissonante, e pôde dar carinho a um pai.
Sorte de quem viajou junto, sonhou com abraços, viveu-os.

Não há o que dizer quando alguém se vai.
Lágrimas se tornam um oceano de significantes.
A saudade torna-se lei imperativa.
E passamos a ter coragem de, e, fazer em uma semana, o que não tivemos coragem de fazer em toda uma vida.