Há momentos em que passamos da conta.
Passamos sim, mesmo não tendo culpa.
O insuportável vem, o indizível...
Sim, estou falando dela, da morte.
Morte que também nos ensina sobre a vida, nos faz querer também descansar.
A morte pode até matar quem amamos.
Mas não pode matar o desejo de quem continua vivo.
Nem a esperança de que essa vontade de nada, de nada mesmo, vá passar.
Sorte de quem deu um último abraço, último adeus.
Disse: eu te amo, várias vezes, inúmeras...
Sorte de quem esqueceu o gênero, dissonante, e pôde dar carinho a um pai.
Sorte de quem viajou junto, sonhou com abraços, viveu-os.
Não há o que dizer quando alguém se vai.
Lágrimas se tornam um oceano de significantes.
A saudade torna-se lei imperativa.
E passamos a ter coragem de, e, fazer em uma semana, o que não tivemos coragem de fazer em toda uma vida.
Passamos sim, mesmo não tendo culpa.
O insuportável vem, o indizível...
Sim, estou falando dela, da morte.
Morte que também nos ensina sobre a vida, nos faz querer também descansar.
A morte pode até matar quem amamos.
Mas não pode matar o desejo de quem continua vivo.
Nem a esperança de que essa vontade de nada, de nada mesmo, vá passar.
Sorte de quem deu um último abraço, último adeus.
Disse: eu te amo, várias vezes, inúmeras...
Sorte de quem esqueceu o gênero, dissonante, e pôde dar carinho a um pai.
Sorte de quem viajou junto, sonhou com abraços, viveu-os.
Não há o que dizer quando alguém se vai.
Lágrimas se tornam um oceano de significantes.
A saudade torna-se lei imperativa.
E passamos a ter coragem de, e, fazer em uma semana, o que não tivemos coragem de fazer em toda uma vida.