Sempre que pergunto sobre cinema a alguns intelectuais muitos deles hesitam em reconhecer a magnitude do cinema americano. Penso que esta posição é muito devido ao fato de uma impregnação, de uma tendência mundial a resistir à cultura americana, que se tornou ainda mais repudiável nas últimas décadas, talvez ou também em conseqüência da expressão ideológica que passou a criticar a política externa dos Ianques. Entretanto, até mesmo os fascinados pelo cinema Europeu ou Canadense devem se curvar a Ilha, pois Lost não é somente uma novelinha capaz de prender expectadores por conter enigmas curiosos em seu roteiro, romances comoventes ou atores esteticamente bem vistos, como, por exemplo, o brasileiro Rodrigo Santoro, que faz uma personagem de pouca importância na série. Lost é um bem mais do que isto e tenho certeza de que as mentes que estão por detrás das câmeras sabem muito bem o porquê do sucesso da série.
Já imaginou um lugar no qual você não pudesse mais fugir de seus medos, fantasmas inconscientes, traumas e fosse o tempo todo convocado a se responsabilizar por seus tormentos, por sua repetição? Bem, é exatamente isso que aquela ilha é capaz de fazer com as personagens envolvidas na trama. Não há trégua, pois, em Lost, negar a responsabilidade do caos interior é o último desfrute que tem aquelas personagens.
Tramas edípicas são remontadas. Fantasmas paternos, questões significantes, traumas inconscientes, tudo isso acomete às personagens de Lost. E o melhor para quem assiste? Eles não têm para onde fugir. Já nós? Nós temos a chance, como muito bem ressaltam os diretores da série, de nos identificar com personagens que com o passar dos episódios já não podem mais serem facilmente julgados.
Paranóia, sobrevivência instintual, transcendência metafísica, mistérios, tecnologia, física quântica, romances, fé, intuição, razão, ação, suspense, drama, alegrias, paz e, principalmente, surpresas... Sim, são estes muitos dos principais elementos que compõem o referido trabalho cinematográfico, se é que posso chamar assim.
Um lugar onde não há Totem (seria a própria ilha?) e nem mesmo um único discurso dominante. Um lugar onde o demasiado humano se confronta com questões interiores recompostas no real, representadas pelo sobrenatural. Jogos psicológicos, personagens coerentes e fortes. Ora, o que será mesmo que eles querem nos dizer?
Recomendo Lost! Não somente para aqueles que gostam de analisar, mas também para quem se dá o desfrute de projetar emoções, pois para nós, que somos reais e estamos realmente “perdidos”, ainda há maneiras de fugir...
Já imaginou um lugar no qual você não pudesse mais fugir de seus medos, fantasmas inconscientes, traumas e fosse o tempo todo convocado a se responsabilizar por seus tormentos, por sua repetição? Bem, é exatamente isso que aquela ilha é capaz de fazer com as personagens envolvidas na trama. Não há trégua, pois, em Lost, negar a responsabilidade do caos interior é o último desfrute que tem aquelas personagens.
Tramas edípicas são remontadas. Fantasmas paternos, questões significantes, traumas inconscientes, tudo isso acomete às personagens de Lost. E o melhor para quem assiste? Eles não têm para onde fugir. Já nós? Nós temos a chance, como muito bem ressaltam os diretores da série, de nos identificar com personagens que com o passar dos episódios já não podem mais serem facilmente julgados.
Paranóia, sobrevivência instintual, transcendência metafísica, mistérios, tecnologia, física quântica, romances, fé, intuição, razão, ação, suspense, drama, alegrias, paz e, principalmente, surpresas... Sim, são estes muitos dos principais elementos que compõem o referido trabalho cinematográfico, se é que posso chamar assim.
Um lugar onde não há Totem (seria a própria ilha?) e nem mesmo um único discurso dominante. Um lugar onde o demasiado humano se confronta com questões interiores recompostas no real, representadas pelo sobrenatural. Jogos psicológicos, personagens coerentes e fortes. Ora, o que será mesmo que eles querem nos dizer?
Recomendo Lost! Não somente para aqueles que gostam de analisar, mas também para quem se dá o desfrute de projetar emoções, pois para nós, que somos reais e estamos realmente “perdidos”, ainda há maneiras de fugir...